“Chamava-se José Joaquim Leão do Corpo Santo. Era alto, magro, moreno, de uma palidez de morte. Usava a cabeleira comprida como os velhos artistas da Renascença. Trajava calças brancas, sobrecasaca preta, toda abotoada como uma farda, bengala grossa para afugentar os cães e chapéu alto de seda lustroso.
Andava sempre, na rua, apressado como se fosse tirar o pai da forca.
Fora muitos anos mestre-escola da roça, mas com certo preparo não vulgar, que o punha em destaque.
(…) Quando a luz da razão se apagou no seu cérebro, tornou-se então tristonho, taciturno, fugindo da convivência dos mais. Sentia-se bem só, na solidão, a fumar o seu cigarro de palha, com fumo crioulo. E passava assim horas e horas, completamente estranho a tudo que o cercava, na indiferença da sua grande desgraça.”
Surta, casé!
ResponderExcluirO espetáculo estará em cartaz dia 16, na Eco?
ResponderExcluirGostaria de confirmar .
se possivel , me responde em viniciusletras@ufrj.br
grato